PALAVRA DE VIDA
Os
últimos serão os primeiros... (Mt 20,1-16a)
Esta
é uma daquelas parábolas que incomodam o cristão burguês, ocidental, sem
excluir os moralistas e aqueles que procuram traduzir o Reino de Deus a partir
de categorias humanas, como a isonomia salarial e a justiça meramente
distributiva, enquadrando os Dez Mandamentos na moldura dos balanços contábeis.
Jesus
de Nazaré tem o hábito de contar histórias que não se adaptam muito bem aos
conceitos populares de mérito, merecimento, honestidade, dando-nos a falsa
impressão de que ele aprova trapaças (cf. Lc 16) e favorece os preguiçosos (cf.
Mt 20). E para agravar nosso espanto, Jesus faz de um ladrão o primeiro a
entrar no Paraíso (cf. Lc 23,43).
A
moral evangélica vira de cabeça para baixo os valores humanos, lembra
HébertRoux. Para este exegeta, seria inútil procurar nesta parábola algum
ensinamento aplicável à economia social deste mundo em que vivemos. O dono da
vinha se comporta de uma forma humanamente injusta, se a justiça consiste em
ajustar os salários na proporção do trabalho realizado.
Daí
a nossa estranheza diante da decisão do patrão – claramente manifesta – de
pagar o mesmo salário a quem trabalhou menos, distribuindo com largueza “aquilo
que lhe pertence”, isto é, a sua Graça salvadora. Se fôssemos cristãos,
ficaríamos felizes por ver que não estaremos sozinhos no céu, mas também os que
trabalharam menos serão alvo da mesma misericórdia que nós.
Ora,
em sua divina soberania, Deus permanece absolutamente livre para acolher em
seio aqueles que ele bem quiser. Afinal, só o Senhor conhece a realidade íntima
de cada um; só ele conhece nossas feridas e pode avaliar o peso de nossas
virtudes e de nossos pecados.
Mais
uma vez, nota-se como pano de fundo a ilusão de que “mereceremos” o céu em
consequência de nossas orações e jejuns, missões e trabalhos pastorais,
ignorando que só por misericórdia sairemos ilesos dapeneira do Juízo.
A
verdade é que a separação que fazemos entre primeiros e últimos mais se
assemelha à avaliação dos times de futebol e dos cantores da moda, aplaudindo o
sucesso de uns e relegando os outros a uma condição marginal. Não é assim no
Reino de Deus. Deus prefere os últimos...
Orai sem cessar: “São grandes, Senhor, as tuas
misericórdias!” (Sl 119,156)
Texto de Antônio Carlos Santini, da
Com. Católica Nova Aliança.
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